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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Pequena História da MTC e Acupuntura

A MTC é realmente muito antiga, com resquícios de instrumentos de pedra datando de períodos anteriores a 4.000 a.C. As técnicas de acupuntura se desenvolveram mais no leste da China, lugar mais ameno, enquanto o norte, normalmente muito frio, favoreceu o desenvolvimento de técnicas quentes como a moxabustão.
O grande livro de base da MTC é o Livro do Imperador Amarelo (Huang Di Nei Ching), atribuído à figura lendária de Huang Di (2.697-2597 a.C.). Nele, o Imperador Amarelo confabula com conselheiros sobre os vários métodos para atingir a plena saúde e a longevidade. É considerado o livro básico da acupuntura e MTC.

Por volta de 1.000 a.C. surgiram os primeiros ideogramas identificando as ciências da acupuntura e da moxabustão, demonstrando o grau de maturidade dessas técnicas já nessa época remota. Mesmo depois da difusão do uso de metais como o bronze e a confecção de agulhas desse metal, os instrumentos principais de tratamento ainda eram feitos de pedra. Nesse período começaram a ser aplicadas as teorias do Yin/Yang e Cinco Movimentos (elementos) no tratamento de enfermidades.
Entre o Período dos Estados Guerreiros (475 a.C.-221 a.C.) e a Dinastia Han do Oeste (206 a.C.-24 d.C.), a MTC e em particular a acupuntura, tiveram grande desenvolvimento. Foi um período de guerras e revoltas, culminando na primeira unificação do Império chinês através da Dinastia Qin. Agulhas de metal finalmente suplantaram sua similares de pedra e as técnicas médicas tiveram um notável avanço nos vários campos de batalha. Foram desenvolvidas agulhas com metais diferentes, como prata e ouro, para diferentes aplicações. Ao todo, havia cerca de 9 tipos de agulhas diferentes.
A escavação de um túmulo de 113 a.C. na província de Hebei, em 1968, revelou um conjunto de agulhas de ouro e um outro de prata, mostrando que já naquela época havia especialização nos instrumentos da acupuntura. Uma outra tumba descoberta nessa mesma época nos revelou os trajetos dos meridianos principais e colaterais, escritos em seda no século III a.C. Dessa dinastia também aparecem os primeiros livros versando sobre a MTC, incluindo já o uso de ervas. Uma das mais antigas formas de tratamento de enfermidades, o uso de ervas, atingiu notável sofisticação na velha China, ao ponto de Hua To, um célebre médico do Período dos Três Reinos (220-265), usar um composto de ervas como analgésico, em conjunto com a acupuntura, e realizar operações cirúrgicas.
Na Dinastia Jin e nas Dinastias do Norte e do Sul (265- 581) apareceram os primeiros diagramas esquemáticos com os meridianos completos e pontos de acupuntura. Durante as Dinastias Sui (581-618) e Tang (618-907), a cultura e as artes tiveram um notável desenvolvimento, levando consigo grandes avanços na já sistematizada Medicina Chinesa. Na Dinastia Tang houve também uma completa reformulação e reavaliação de todo o material referente a MTC e acupuntura, iniciativa do próprio governo imperial, além da redação de novos e importantes tratados, especialmente sobre a moxabustão.
À partir do século X a prática da MTC foi grandemente impulsionada pelo uso constante da imprensa, que permitiu grandes tiragens dos livros anteriormente escritos à mão, um por um. À partir da Dinastia Ming (1368-1644) a acupuntura entra definitivamente para o ramo das ciências, com escolas organizadas e sistemas de tratamento mais complexos, com base nos 14 meridianos, Yin/Yang, Cinco Movimentos (Elementos), Zang-Fu (órgãos e vísceras) e outros conceitos que conhecemos e aplicamos hoje na MTC. A Dinastia Qing (1644-1912) promoveu uma regressão nesses valores, com uma grande ênfase na fitoterapia e uma diminuição no status da acupuntura e moxabustão, até aproximadamente a Guerra do Ópio (1840), quando essas terapias retornaram com toda a sua força, embora sem chegarem à importância anterior. Até hoje, na china, a Fitoterapia é a terapêutica principal nos tratamentos pela MTC.
Em 1899 tem início a moderna acupuntura, com a publicação de "Acupuntura em Modelos de Bronze com Referências na Medicina Moderna" (Zhong Xi Hui Can Tong Ren Tu Shuo), de Liu Zhongheng, a primeira obra a relacionar a MTC com a anatomia e fisiologia médicas ocidentais. À partir da Revolução de 1949, a MTC e Acupuntura se tornam o grande aliado do governo na ampliação da saúde de uma população superior a 1 bilhão de pessoas. Em 1951 é fundado o Instituto Experimental de Terapia por Acupuntura, vinculado ao Ministério da Saúde. Depois disso a prática da MTC foi se espalhando por universidades e centros de estudo por toda a China, promovendo saúde e bem-estar para toda a sua população.Em novembro de 1987 é fundada a World Federation of Acupuncture-Moxibustion Societies (WFAS), uma entidade que visa promover o entendimento e cooperação mútua sobre Acupuntura e Moxabustão entre grupos espalhados por todos os cantos do mundo e desenvolver a ciência da Acupuntura-Moxabustão, contribuindo para a saúde de toda a humanidade através de uma prática ética e de alto nível técnico.Hoje a Acupuntura e a MTC estão difundidos por todo o planeta, trazendo muitos benefícios para milhões de pessoas e tendo seu uso homologado pela Organização Mundial de Saúde, órgão da ONU de âmbito mundial.
Fonte:http://www.taoismo.org/modules/smartsection/item.php?itemid=19

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