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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Ciência milenar defende que cada órgão do corpo tem um horário de maior atividade

Saúdes física, emocional e mental garantidas por um fluxo de energia que atravessa todo o corpo humano. Segundo a medicina tradicional chinesa (MTC), a razão para diversas dores e doenças estaria no desequilíbrio dessa energia vital que ordena todas as funcionalidades do indivíduo.
Ainda de acordo com essa medicina milenar, cada órgão e víscera tem um horário de intensa atividade, conhecimento aplicado tanto na prevenção e no diagnóstico, quanto no tratamento dos pacientes. O chamado relógio chinês, relógio biológico ou maré energética explica, por exemplo, por que crises respiratórias se intensificam durante a madrugada e o motivo de febres e dores de cabeça serem mais constantes no fim do dia.

Também observando os horários do organismo é possível entender a importância do reforço da alimentação no café da manhã, a facilidade de evacuar nas primeiras horas do dia e por que problemas de coração tendem a se manifestar entre 11h e 13h.
"Todas as funções fisiológicas são influenciadas pelo estado emocional, por fatores externos e pelo fluxo de energia que percorre o corpo. Para o indivíduo estar bem é preciso que haja um equilíbrio interno de tudo isso. Portanto, não está ligado a misticismo ou a religiosidade, é ciência", afirmou a fisioterapeuta e acupunturista Ariana Vieira de Paiva, que há nove anos aplica recursos da MTC no tratamento dos pacientes.
Há dois anos, a advogada Adriene Noronha Lima Macedo recebe aplicações de acupuntura e desde o começo de 2010 tenta adaptar seus hábitos ao funcionamento do relógio biológico na busca por equilíbrio interno e bem-estar. "Aos poucos, tenho conhecido mais sobre essas técnicas milenares e com elas combatido minha ansiedade e, agora, duas hérnias de disco", disse.
Terapias devem ser complementares
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Fisioterapeutas Acupunturistas (Sobrafisa), Jean Luís de Souza, o ideal é reunir conceitos da tradição oriental com os conhecimentos modernos do ocidente. "Um não exclui o outro. A medicina tradicional chinesa além de tratar, deve ser aplicada como forma de prevenção e manutenção da saúde. Os diferentes métodos terapêuticos complementares de que se utiliza: acupuntura, shiatsu, moxabustão, fitoterapia, dietoterapia, ventosaterapia, atividades físicas, respiração, meditação, entre outros, visam ao equilíbrio e ao devido fluxo das energias no indivíduo como um todo", afirmou.
Ainda de acordo com Jean de Souza, observar quais órgãos e vísceras estão em pleno fluxo de energia segundo o relógio biológico é princípio básico para o tratamento do paciente com remédios ou outras terapias. "O corpo segue um ciclo natural, assim ficam mais claros o diagnóstico e a intervenção no problema segundo o seu horário de manifestação ou do sintoma correspondente. Seguindo essa lógica, enxaquecas à noite podem estar relacionadas a alterações na vesícula biliar ou no fígado, por exemplo."
Exercícios levam à harmonia
Exercícios como aliados da saúde e do fluxo energético do organismo. Por meio de movimentos que imitam os feitos pelos animais e a transição das estações do ano, por exemplo, as tradições chinesas também buscam na atividade física a inspiração para que o indivíduo obtenha a devida harmonia entre corpo, mente, emoções, bem como com os fatores externos.
"O erro está em não escutar o que o corpo diz e as mensagens que a natureza emite. Tudo está interligado. Quando não nos atentamos para a influência da maré energética, também não nos preparamos para as situações da vida e ficamos mais vuneráveis a elas", afirmou Carlos Alberto Russo, mestre de Pa-Kua, escola internacional que ensina práticas orientais.
Segundo ele, projetos e desafios são importantes, pois impulsionam as pessoas rumo a realizações, entretanto, devem ser na justa medida. "O tripé para uma vida saudável está na alimentação, na prática de exercícios e na respiração. A grande diferença entre a saúde oriental e a ocidental é que aquela se volta para a prevenção, e esta, para tratar depois que a doença aparece", disse.
 Angélica Peixoto / Programa de Aprimoramento Profissional
Fonte: Jornal Correio de Uberlândia

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