Caracterizada por episódios recorrentes de obstrução parcial ou total das vias aéreas superiores durante o sono, a apnéia – que atinge cerca de 4% dos brasileiros – ganhou na medicina chinesa uma opção de tratamento barato, bem menos agressivo e incômodo que os tradicionalmente utilizados.
Em pesquisa realizada na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), uma única sessão semanal com as agulhas, por um período de três meses, foi capaz de eliminar totalmente as crises de apnéia em 60% dos casos.
Além disso, o tratamento reduziu em 78% os índices de obstrução total das vias aéreas e em 43% os de obstrução parcial.
Em pesquisa realizada na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), uma única sessão semanal com as agulhas, por um período de três meses, foi capaz de eliminar totalmente as crises de apnéia em 60% dos casos.
Além disso, o tratamento reduziu em 78% os índices de obstrução total das vias aéreas e em 43% os de obstrução parcial.
De acordo com a médica Anaflávia de Oliveira Freire, autora da tese de doutorado sobre o tema, os pacientes que não receberam nenhum tratamento apresentaram rápida progressão da doença, com piora de 55% no número de eventos respiratórios. “Por ser uma doença progressiva e que precisa de intervenção rápida para evitar complicações à saúde, a acupuntura é uma excelente alternativa, além de barata, que poderia ser adotada pelo sistema público de saúde”, afirma.
Para a médica, uma das hipóteses que explica os resultados encontrados com a terapia é que a acupuntura estimula um dos neurotransmissores responsáveis por controlar o tônus da musculatura da garganta, mantendo-a aberta e, conseqüentemente, facilitando a respiração.
Para realizar a pesquisa, 36 pacientes do ambulatório de Apnéia do Sono, do Departamento de Psicobiologia da Unifesp, foram divididos em três grupos distintos.
O primeiro grupo recebeu acupuntura. O segundo, acupuntura em pontos falsos (sham) e, o terceiro, somente foi acompanhado pelo mesmo período (controle). Além da aplicação de um questionário para medir o índice de qualidade de vida, também foi verificada a condição do sono desses pacientes por meio de polissonografias
A apnéia obstrutiva pode acarretar conseqüências clínicas diversas para o portador. Estudos mostram que 30% dos indivíduos que sofrem do mal desenvolvem complicações cardiovasculares, como hipertensão arterial sistêmica, e, 10%, arritmias cardíacas durante o sono.
Há também as conseqüências socioeconômicas, de extrema importância, ligadas à patologia. Por ter a qualidade do sono diminuída, é muito comum que esses indivíduos apresentem sonolência diurna, aumentando em até sete vezes a probabilidade de sofrerem acidentes de trânsito.
Os tratamentos para o distúrbio, entretanto, não são nada confortáveis, de acordo com Luiz Eugênio Araújo Moraes Mello, chefe da Disciplina de Neurofisiologia da Unifesp e orientador da pesquisadora.
Ele explica que, atualmente, há apenas três opções para melhorar a respiração dessas pessoas enquanto dormem. Uma delas é a cirurgia para retirada do excesso de gordura das vias aéreas.
As outras, que amenizam mas não solucionam o problema, consistem na utilização de aparelhos, como uma máscara por onde a pessoa recebe oxigênio constantemente, para evitar que a musculatura da garganta se feche e impeça a respiração.
Há também as conseqüências socioeconômicas, de extrema importância, ligadas à patologia. Por ter a qualidade do sono diminuída, é muito comum que esses indivíduos apresentem sonolência diurna, aumentando em até sete vezes a probabilidade de sofrerem acidentes de trânsito.
Os tratamentos para o distúrbio, entretanto, não são nada confortáveis, de acordo com Luiz Eugênio Araújo Moraes Mello, chefe da Disciplina de Neurofisiologia da Unifesp e orientador da pesquisadora.
Ele explica que, atualmente, há apenas três opções para melhorar a respiração dessas pessoas enquanto dormem. Uma delas é a cirurgia para retirada do excesso de gordura das vias aéreas.
As outras, que amenizam mas não solucionam o problema, consistem na utilização de aparelhos, como uma máscara por onde a pessoa recebe oxigênio constantemente, para evitar que a musculatura da garganta se feche e impeça a respiração.
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