A cistite intersticial (CI) é uma doença crônica da bexiga urinária. Os sintomas incluem dor pélvica crônica, frequência urinária, urgência e incontinência noturna. Nenhuma modalidade de tratamento proporciona alívio completo para todos os pacientes e recaídas são frequentes após períodos de remissão.
O objetivo do estudo é descrever o uso concomitante de Acupuntura em uma jovem mulher com a doença que tinha sido tratada anteriormente com a maioria das modalidades convencionais disponíveis.
A paciente foi submetida à Acupuntura, incluindo os pontos Shu para o rim e a bexiga que foram estimulados. Chong Mo e meridianos Yin Tai foram alternados, juntamente com Yang Ming. A paciente foi incentivada a adotar modificações no estilo de vida.
O tratamento com acupuntura ajudou a paciente a reduzir o uso de medicamentos e melhorar sua qualidade de vida.
RELATO DO CASO
Uma mulher de 31 anos solicitou acupuntura para dor pélvica crônica, causada por cistite intersticial e complicada por síndrome do intestino irritável. Ambas as condições tinham sido diagnosticadas há cerca de 5 anos. Com dor em toda a bacia, geralmente simétricas e às vezes estendendo-se pelo abdômen quando havia constipação, a paciente tinha seu estado piorado durante a menstruação. A frequência urinária era de 10 vezes por dia, chegando a 3 ou 4 vezes por noite. Ela, que frequentemente fazia uso de laxante e muitas vezes passava de 3 a 4 dias sem evacuar, foi submetida a vários regimes de combate à dor e era acompanhada por um urologista, gastroenterologista, ginecologista, e alergista.
A paciente relata que estava tomando laxante polietileno glicol, além de hidrocodona/acetaminofeno. Aponta ainda uma diminuição da energia, aumento no volume do ventre, insônia, humor deprimido e dor pélvica intensa. Sua história médica inclui rinite alérgica e asma desde a infância.
RESULTADOS
Os resultados do tratamento foram gratificantes e rápidos. Houve melhora no índice de frequência urinária de urgência após quatro dias do início das sessões de Acupuntura. A dor pélvica foi largamente diminuída, permitindo que a paciente pudesse retomar a atividade sexual. A constipação também teve melhoras significativas, mas não foi inteiramente resolvida.
Na quarta semana de tratamento, a paciente relata o uso de tramadol apenas duas vezes por semana, e a hidrocodona/acetaminofeno já não eram necessários.
A paciente relata, ainda, preocupação com o aumento do intervalo entre as consultas de acupuntura. No entanto, apesar de duas infecções do trato respiratório e um ataque de ciática em sete meses, ela diz sentir-se muito melhor. O único efeito adverso da acupuntura relatado foi uma ocasional contusão.
TÍTULO: Estudo de caso de tratamento de cistite intersticial (CI) crônica por Acupuntura
AUTOR: Paula M. Lyons
FONTE: http://www.medicalacupuncture.org/aama_marf/journal/vol14_2/poster1.html
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